quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Minha Adoção

Continuando, nesta primeira estadia dela aqui em casa, eu quase não participei da convivencia com ela, pois epoca de Natal, tinha muito movimento na loja, só sei que na noite  do dia 23 eu chorei muito, olhava pra aquele bebe ali no colchão e uma tristeza muito grande  em saber que ela não tinha ninguém consanguineo do seu lado.
Nestes 15 dias a Camila passeou muito com ela, parques, casas de amigos.Ela era uma criança muito comunicativa, brincalhona só com  homens ela era um pouco arredia, talvez por não ter muito contato com o sexo oposto, visto que no Lar eram só funcionárias que cuidavam do berçario.
Como já disse anteriormente ela entrou em nossa casa e em nossas vidas muito intensamente.Nestas  primeiras visitas eu era Tia Cida e o Tio Odair. A partir dai, nos meses seguintes, não deixamos  de fazer uma visita sequer  mensal, ou quinzenal ( no inicio era mensal, depois passou a ser quinzenal) no Abrigo onde ela vivia.Passavamos a manhã inteira no abrigo, voltavamos pra casa e voltavamos a tarde-
No abrigo em que ela vivia havia um programa chamado Familia Solidária, que consistia na retirada de uma criança  para passar fins de semana, ferias e festas de fim de ano.Essa retirada era feito através de um cadastramento e posteriormente um agendamento por telefone ou pessoalmente em data pré determinada.
Minha filha Camila na época estava de casamento marcado para março de 2004, estavamos em janeiro e ela cogitou em adotar a Natacha, só que eu e o Odair, um sem falar nada pro outro tinhamos a mesma intenção.
Em um final de semana agendei a Natacha para um fim de semana,muita alegria na hora de pega-la, mas na hora de devolve-la, choravamos muito na hora de deixa-la  no Lar e o pior, ela ficava aos prantos.
No dia seguinte, no jantar eu muito triste em pensar nela sózinha no abrigo, o Odair pediu para em sentar ao seu lado e falou o que eu queria ouvir: Estou com o telefone do Conselho Tutelar, vamos adotar a Natacha.Concordei prontamente, e no dia seguinte eu e a Camila rumamos para o Setor Técnico afim de ver e esclarecer os tramites que deveriamos seguir para entrar  com o pedido de adoção.
Parece que tudo me conduzia para a adoção mesmo, matérias na tv, jornais, parece que tudo caia nas minhas mãos.Procurei um advogado aqui em São caetano, e saimos muito desanimados com as palavras dele, ele nos disse que  seria muito difícil, pois não estavamos cadastrados, e que talvez se provocassemos com processo a adoção dela, talvez saisse a adoção da Natacha, não para nós mas sim para algum casal que estivesse na fila há anos.A Nana tinha o perfil preferido entre os pretendentes a adoção, menina, branca até tres anos de idade.
Como já disse tudo  me levava pra frente, frequento muito um mercado que possui uma publicação de uma revista a COOP que era distribuida gratuitamente, peguei a revista e para surpresa quando abri, havia uma reportagem sobre ADOÇÃO, havia uma entrevista com uma pessoa da FEASA que era voluntária de um Grupo de Apoio a Adoção Laços de Ternura, a Maria Ines.Na mesma hora liguei pra redação da revista e consegui o telefone da Maria Inês.
Liguei e ela se mostrou interessadissima no meu caso, acho que ficamos mais de uma hora no telefone, quando desliguei imediatamente liguei para uma advogada que também era voluntária do Grupo, Dra Shirley.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gostaria muito que vocês me deixassem sobre o que posto neste blog.Agradecida