terça-feira, 18 de janeiro de 2011

parte 5


A atriz carioca Aparecida Petrowky, de 28 anos, teve uma história inusitada: ela foi adotada por duas famílias, simultaneamente. Sua avó biológica trabalhava na casa de uma família que tinha duas meninas, Vera e Célia. Mas, por ironia da vida, a avó morreu, deixando uma filha pequena, Glória. Essa família, então, resolveu adotá-la. Aos 14 anos, Glória engravidou, e Vera (sua irmã adotiva) resolveu cuidar dessa criança. Seu nome? Aparecida Petrowky. Tempos depois, Glória resolveu casar, ter outros filhos e saiu de casa. Vera pediu a ela que Aparecida continuasse com a família. Glória aceitou, mas com a condição de ser a 'babá' de Aparecida. E foi graças a essa adoção que Aparecida teve oportunidades que jamais teria.
"Vera viajava muito, sempre que podia me levava, com autorização dos meus pais biológicos. Eu era muito pequena, não lembro mais de nada, mas, fico feliz em ter passado por vários países, mesmo sem conhecer. É muito chique, não é?", conta a atriz. Graças ao convívio próximo entre as duas famílias, Aparecida recebia um tratamento mais que especial. "Eu era tratada com toda a igualdade pela minha família adotiva. Fui muito amada e educada, com todos os direitos que uma criança necessita", lembra. Durante a semana, ela ficava com Vera em Sepetiba. Nos finais de semana em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro. Na adolescência, optou por morar com a mãe adotiva de uma vez. Na família de criação são todos brancos e de classe média alta. Na biológica, sua mãe é negra, o pai branco (um russo naturalizado brasileiro e de classe média baixa, já falecido). "Eu convivi ao mesmo tempo nos dois ambientes opostos", afirma.
"EU ERA TRATADA COM TODA A IGUALDADE PELA MINHA FAMÍLIA ADOTIVA. FUI MUITO AMADA E EDUCADA, COM TODOS OS DIREITOS QUE UMA CRIANÇA NECESSITA"
Hoje, Aparecida Petrowiski diz que não pensa como teria sido a sua vida, caso não tivesse sido adotada. "Eu só tenho a agradecer a Deus por esse milagre na minha vida. Via que os meus irmãos não tiveram o mesmo, mas sempre estive presente com eles passando informações, até mesmo brincando. Eu só desejava que eles tivessem também a mesma oportunidade que eu tive", confessa.

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